O objectivo deste blog é divulgar notícias que possam interessar a todos os que lidam com crianças

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Maus tratos originam mudanças no cérebro

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A prova é dada em forma de estudos científicos. Eaman McCroy referiu-se a um no qual participou, uma novidade, até porque os seus resultados ainda nem foram publicados.

No trabalho, a fotografia feita ao cérebro, com recurso a uma ressonância magnética funcional, permite identificar alterações cerebrais num grupo de crianças de 12 anos, todas vítimas de abusos físicos. Para além da amígdala (centro regulador da agressividade) dilatada, verificou-se ainda um igual aumento de reacção na região da ínsula (importante no controlo das emoções). Mudanças que, avança o especialista, surpreendem.

É que, depois de feita uma revisão dos estudos já existentes, estas mostraram ser semelhantes às verificadas em adultos expostos a situações de guerra. (...)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Pulseira ajuda crianças com deficiência a brincar

Em breve, as crianças com deficiência poderão ampliar os seus horizontes de brincadeira. A esperança é trazida por um grupo de jovens estudantes da Guarda, que está a desenvolver uma pulseira que permitirá acionar brinquedos eletrónicos com um simples toque.

Este sistema inovador está a ser criado no âmbito do projeto Co(n)tacto, cujo objetivo é adaptar brinquedos e construir novos equipamentos para serem utilizados autonomamente por crianças e jovens com deficiência.

O coordenador do projeto explicou à Lusa o funcionamento da nova pulseira: “A ideia é adaptar o comando do brinquedo com uma ficha que fará a ligação à pulseira que, por sua vez, com um simples toque irá comandar o controlo remoto do brinquedo”.

Ou seja, “os movimentos na pulseira equivalem às instruções no comando, por assim dizer”, acrescenta Tiago Caldeira, recém-licenciado em engenharia eletrotécnica.
 
O especialista em robótica destacou a importância da adaptação dos brinquedos que, sendo muito simples, pode fazer uma enorme diferença. “A simples colocação de um interruptor acessível num brinquedo pode significar para uma criança com deficiência brincar ou não com ele”, afirmou Tiago Caldeira.
 
Ao contrário do que os fabricantes têm em mente ao fazer “brinquedos para as massas” - tornar os interruptores discretos para “não se notarem muito” – aquilo que estes jovens pretendem é torná-los práticos: “o que nós queremos é que seja possível ligar o brinquedo, nem que seja com um murro, para que todos possam brincar com ele de forma autónoma”, destacou o coordenador.
 
A pulseira que agora se encontra em desenvolvimento é destinada a crianças com deficiências muito profundas e, de acordo com Tiago Caldeira, deverá ficar concluída até ao final do ano.

Fonte: http://www.boasnoticias.pt/ 17.10.2011

QI pode aumentar ou diminuir durante a adolescência

Um estudo em adolescentes ingleses mostrou que as contas não estão feitas quanto ao famoso Quociente de Inteligência (QI) durante esta etapa da vida. O valor que carimba a inteligência de cada pessoa, normalmente através de testes verbais e não verbais, e que se pensava ficar determinado para o resto da vida durante a infância, afinal continua a oscilar durante a adolescência, mostra um estudo publicado nesta semana na Nature. (...)

A grande mais-valia da investigação é que os resultados das imagens por ressonância encontravam mudanças nas regiões associadas a estas capacidades. “Encontrámos uma correlação clara entre as mudanças nas performances e as mudanças nas estruturas dos cérebros e por isso podemos dizer que estas mudanças no QI são reais.” (...)

No caso dos testes verbais, os cientistas encontraram mudanças de densidade do cérebro no córtex motor esquerdo, uma região associada à linguagem. Já quando havia um aumento do QI não verbal havia um aumento na densidade do cerebelo anterior, uma área associada aos movimentos das mãos.

Os cientistas não encontraram nenhuma regra em relação às mudanças no QI dos adolescentes. “Não foi um caso das piores performances melhorarem, e os jovens com resultados altos tornarem-se mais mediano. Alguns bons conseguiram resultados ainda melhores, e alguns com resultados fracos pioraram”, explicou Cathy Price.

Fonte: Público Online 22.10.2011

http://ww2.publico.pt/Ci%C3%AAncias/qi-pode-aumentar-ou-diminuir-durante-a-adolescencia-1517732